sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Oração de um ateu à mesa


Obrigado acúmulo de conhecimento por me fazer aproveitar aquele resto de feijão e aquela calabresa esturricada, que estava na geladeira, para fazer um tutu de feijão saboroso;

Obrigado acúmulo de conhecimento por me permitir transformar aquelas abobrinhas e tomates passados, em um ensopado delicioso de abobrinha com páprica;

Obrigado acúmulo de conhecimento em me proporcionar transformar a carne de segunda em um cozido palatável com batata e cenoura.

Amém. Até que haja uma negação!

Toque Uma

Homenagem ao dia do sexo!
(drama sexual em onze estrofes e um ato... solitário)



Vou contar a minha história
Desde pequeno é assim
Meus amigos saem com todas
Não sobra nada pra mim.

Eta vida danada
Uns tem muito, eu nenhum
Sempre que a coisa aperta
É no cinco contra um

Nessa vida de pobre
Não vejo uma solução
Puta bonita é cara
Baranga não da tesão

Preta, loira ou morena
Não faço muita questão
Só não quero passar noites
Curtindo masturbação

Quando chego numa roda
Começa a alopração:
“Nunca vi um analista
Ter tanto calo na mão.”

Você está enganado
Se acha que eu me abalo
De ver todos os meus filhos
Escorrendo pelo ralo
  
Passo as noites em claro
Só, vendo televisão
Rala e rola de tudo
E eu, me acabo na mão

Rezar, eu não consigo
Veja que coisa idiota
Descobri que a mão direita
Tem ciúmes da canhota

Já estou me acostumando
De ficar tocando bronha
Mais vale ter mão ativa
Do que bunda sem vergonha

Ontem, comprei uma luva
Pra cobrir minha mão
Pois se vejo ela nua
Fico logo com tesão

Acho que chegou a hora
De assumir a relação
Vou me esquecer das mulheres
E casar com minha mão.