Para Rita Moraes
Noites dessas, estava eu “cronicando”
por aqui e ouvindo Eric Clapton.
Havia reencontrado o CD From the Cradle e
estava em carga total com ele. Como um adolescente que compra o álbum de sua
banda preferida.
No vai e vem das ondas da internet,
descobri que havia emprestado o CD para a Rita, em tempos passados, e que ela
fizera uma cópia. Ela me devolvera o CD. E eu não sabia mais onde ele estava.
Pensava que algum “claptomaníaco” me havia subtraído-o. Desculpem o trocadilho
(a gente tem mesmo que se desculpar pelos trocadilhos? – gosto tanto!).
Enfim, pensava aqui com meus botões
sobre os amores.
Eu nunca fui dado ao amor, mas,
como diria Nelson Gonçalves em Vermelho 27, estou mais para amores. Cada um dita
sua sina.
E como amei esse álbum do Clapton. Ele
traz canções tradicionais do Blues compostas
pelos primeiros “bluesmans”. Por
isso o “Do Berço”. Curti cada acorde de
cada música.
Entretanto, isso não impediu de curtir, por exemplo, o primeiro álbum
de “O Cordel do Fogo Encantado”, uma mistura de teatro, maracatu, poesia e
teatro como se fosse um novo caso.
Aí me voltei para minha amiga Rita
que conheci na faculdade com 17 anos, perto dos seus 1,50m e com uma matraca
aguda que parecia um solo de blues. Só
que alegre. Uma criança. A mim, parecia ter saído há pouco “do berço”.
Acabamos nos envolvendo, envoltos em atmosferas, quase que exclusivamente,
festivas.
Ela me trouxe os sorrisos que
roubou do Chico ( o Buarque). E eu não recusei. Copiou meu CD do Clapton e nem
notei. E dançamos, com uma graça, tal, que nem o cantor poderia supor.
Semanas atrás reencontrei a Rita. E
percebi que ela sempre fará parte dos meus amores.
Assim como o CD do Clapton,
que encontrei há alguns dias.
E, por isso, prefiro os amores.
Eles são eternos como as ondas. Vão e vem. E Se renovam. E se reafirmam.
Diferentes do amor, que parece mais com aquela banda da nossa adolescência, que só fazia sentido naquele momento.
Orgulho de ser A Rita!
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