sábado, 23 de março de 2013

"Do Berço"

Para Rita Moraes
Noites dessas, estava eu “cronicando” por aqui e ouvindo Eric Clapton. 

Havia reencontrado o CD From the Cradle e estava em carga total com ele. Como um adolescente que compra o álbum de sua banda preferida.
No vai e vem das ondas da internet, descobri que havia emprestado o CD para a Rita, em tempos passados, e que ela fizera uma cópia. Ela me devolvera o CD. E eu não sabia mais onde ele estava. Pensava que algum “claptomaníaco” me havia subtraído-o. Desculpem o trocadilho (a gente tem mesmo que se desculpar pelos trocadilhos? – gosto tanto!).

Enfim, pensava aqui com meus botões sobre os amores.

Eu nunca fui dado ao amor, mas, como diria Nelson Gonçalves em Vermelho 27, estou mais para amores. Cada um dita sua sina.

E como amei esse álbum do Clapton. Ele traz canções tradicionais do Blues compostas 
pelos primeiros “bluesmans”. Por isso o “Do Berço”.  Curti cada acorde de cada música. 

Entretanto, isso não impediu de curtir, por exemplo, o primeiro álbum de “O Cordel do Fogo Encantado”, uma mistura de teatro, maracatu, poesia e teatro como se fosse um novo caso.
Aí me voltei para minha amiga Rita que conheci na faculdade com 17 anos, perto dos seus 1,50m e com uma matraca aguda que parecia um solo de blues.  Só que alegre. Uma criança. A  mim,  parecia ter saído há pouco “do berço”. Acabamos nos envolvendo, envoltos em atmosferas, quase que exclusivamente, festivas.

Ela me trouxe os sorrisos que roubou do Chico ( o Buarque). E eu não recusei. Copiou meu CD do Clapton e nem notei. E dançamos, com uma graça, tal, que nem o cantor poderia supor.
Semanas atrás reencontrei a Rita. E percebi que ela sempre fará parte dos meus amores. 
Assim como o CD do Clapton, que encontrei há alguns dias.

E, por isso, prefiro os amores. Eles são eternos como as ondas. Vão e vem. E Se renovam. E se reafirmam.

Diferentes do amor, que parece  mais com aquela banda da nossa adolescência, que só fazia sentido naquele momento.

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