Nas fugas das noites malucas,
canudos, poeira.
Teu cheiro aceso tinge um rosto alegre,
falseado, inebriado e fugaz.
Confunde teu brilho com o planeta
que gira ao redor
de uma moça que canta
e transporta você de viagem em viagem.
Do cume do mundo ao seio da terra.
Cansada,
se deita e olha.
Não vê.
Irônica, solta palavras ao vento
que sai das narinas de um sono
sonoro e profundo,
continuando tua fuga
em outras paragens.
A nota, a ponta e o cálice
aguardam em silêncio o teu retorno,
na próxima noite.
Texto escrito e publicado, originalmente,
em 2006 e dedicado a Werônica Pradella
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